Do total, seis casos são autoctones - situações em que a doença foi contraída na cidade e cinco casos são importados.
O setor 3, que compreende o bairro Jardim Aeroporto e adjacências, é o local de maior incidência, responsável atualmente, por 16 das 53 notificações de suspeitas feitas pelo órgão, desde o início do ano.
Os bairros Areia Branca e Marrecas que integram o setor 1, também lideram esse ranking, com 12 notificações.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Selma Cristina Miquelotti Gênova, à cada suspeita é emitida uma notificação.
Os locais que apresentam as suspeitas de dengue recebem bloqueio de criadouros com a visita dos agentes de saúde casa a casa.
Logo depois, é realizado o bloqueio de nebulização abrangendo toda a área onde mora a pessoa com suspeita da doença.
Ainda conforme suas informações, os números são atualizados diariamente e, portanto, passíveis de alteração, considerando que ainda estão sendo aguardados os resultados de 31 exames.
Selma explica que, a coleta de material para o exame é feito após o 6º dia de identificado que a pessoa apresenta os sintomas, momento adequado para realização do exame NS1, no Instituto Adolfo Lutz, em Presidente Prudente.
Por esse motivo, algumas pessoas sequer comparecem para coletar o material. Talvez, influenciadas pelo fato de verem os sintomas desaparecerem com o tempo, levando a crer que o exame é desnecessário, no entanto, alerta a profissional: Todo cuidado é pouco. A dengue é uma doença que pode ser grave e até matar.
A coordenadora também salienta, que os exames realizados em laboratórios particulares cuja a Vigilância Epidemiológica não exerce controle, dificilmente contemplarão os dados oficiais, a não ser que os pacientes informem ao órgão.
A orientação é para que em qualquer hipótese, a Vigilância seja comunicada para que tome as medidas cabíveis, principalmente, em casos de resultados positivos quando devem ser realizados os bloqueios.
Apesar de não exercer controle sobre os exames particulares realizados, a Vigilância Epidemiológica local têm mantido contato frequente com os laboratórios do município visando atualizar seus dados e direcionar suas ações de combate à doença.
“Contabilizamos os resultados que recebemos dos laboratórios, porém, não temos controle sobre todos os exames realizados. Dependemos do próprio cidadão para nos informar dos resultados positivos”- destaca a enfermeira.
Nas visitas realizadas pelos agentes de saúde às residências, muitos casos de pessoas com sintomas da dengue estão sendo identificados e quando há a constatação de pelo menos dois sintomas, o órgão têm feito a notificação - complementa.
Os sintomas da dengue são: febre, dor no corpo, dor muscular ou nas articulações, fraqueza, falta de apetite, dor de cabeça comum (incômodos no fundo dos olhos) e, em alguns casos, vômitos, diarreia, podendo até aparecer manchas no corpo após 3 dias.
Conforme a assessoria de imprensa do órgão, a vantagem de se dirigir à Vigilância Epidemiológica ou à Equipe de Saúde da Família (ESF) dos bairros, é que a própria enfermeira de plantão realizará a triagem. A pessoa não precisa passar por consulta. O atendimento é rápido e caso seja necessário a própria profissional fará o devido encaminhamento.
Nesse a atenção deve ser redobrada. A Vigilância Epidemiológica de Panorama espera contar com a colaboração de todos os munícipes, mantendo seus quintais limpos, sem recipientes acumulando água parada, devendo os moradores evitar amontoado de entulhos em casa e nas ruas.
“A conscientização de todos, com cada um fazendo a sua parte é essencial para contermos a proliferação da dengue causada pelo mosquito aedes aegypti” – destacou a assessoria.
COMBATE – Durante a semana, uma força tarefa realizou nebulização nas Escolas Estaduais João Brásio e Dom Lúcio. Os agentes de saúde puderam orientar funcionários e alunos da necessidade do combate à dengue. Segundo a Vigilância Epidemiológica, no próximo sábado, dia 28, será a vez das Escolas Municipais receberem nebulização. A preocupação do órgão é evitar a proliferação da doença, principalmente, onde há grande concentração de pessoas residentes em locais diversos no município – o que facilitaria o alastramento da doença.
Da redação com governo de Panorama
