O município de Panorama deverá desembolsar a ordem de R$ 10.297,429,52 milhões para sanar a perda de água em toda a rede danificada
Funcionário do setor da água trabalhando no reparo da ‘gaveta’ da tubulação de água que se rompeu na avenida Rodion Podolsky, Centro (Foto: Alex Barreto/JR) |
O Departamento de
Água e Esgoto (DAE) de Panorama recebeu na semana passada a conclusão do
relatório técnico elaborado pela RHS Controls de Penápolis (SP), apontando
falhas na rede de distribuição do município, responsável pela perda de 68,67%
do volume mensal de água tratada disponibilizada para consumo.
Dentro deste
percentual chamado de índice de perdas médias de distribuição, 34% é atribuído
diretamente a vazamentos nos 37
km dos 95,38
km de toda a rede do município. Partes dessas
tubulações defeituosas são de ferro e amianto e foram instaladas há mais de
quatro décadas.
Segundo informações do
DAE, Panorama possui 22 poços semi-artesianos, que diariamente puxam 485 metros cúbicos
de água do solo na média de 18 horas.
Outros itens da rede
além dos tubos responsáveis pelo desperdício existem também casos de registro
defeituoso ou desgastado; junta ou luva corroída, desgastada ou solta; perdas e
ligações irregulares ou falhas nas medições (gato).
A empresa de
consultoria RHS Controls contratada ainda na gestão do então prefeito José
Milanez Júnior (Ting), no valor de R$ 126.947,00 financiados pela Secretaria de
Recursos Hídricos do estado de São Paulo, realizou levantamento nos meses de
março, abril e maio do ano passado concluindo que, o município deverá
desembolsar a ordem de R$ 10.297.429,52 milhões para sanar a perda de água em
toda a rede danificada.
SEM DINHEIRO – A
alternativa ‘disponível’ para a Administração Municipal é recorrer à ajuda do
Governo Estadual.
“Só salva se tiver
dinheiro do Estado. Chegou ao fundo do poço nosso departamento de água. Não
temos de onde retirar dinheiro”, reclamou o prefeito Luiz Carlos Henrique da
Cunha frente às dificuldades do departamento que acumula R$ 2.471.526,15
milhões em contas de água atrasadas até janeiro. Muitas delas cobrada na
Justiça.
O valor mínimo da
conta de água residencial é R$ 13 com esgoto e R$ 9 sem esgoto.
A vinda da Sabesp é
uma hipótese nula em razão da existência de um processo judicial movido há 10
anos contra o setor de água e esgoto do município, segundo informou Luiz
Carlos.
A incapacidade de
investimentos do DAE é agravada ainda pelo déficit mensal de quase R$ 300 mil
na folha de encargos. De julho a 31 de dezembro de 2014, o departamento
arrecadou R$ 790.826,99 e gastou R$ 999.183,47.
Em 2014, o DAE numa
medida de conter a perda de água trocou 1.300 hidrômetros, que apresentavam
problemas.
“Surtiu efeito. Cerca
de 30% dessas residências apresentavam vazamentos e não tinham conhecimento,
por que o hidrômetro não marcava. A maioria da perda estava relacionada a uma peça na caixa de descarga do vaso sanitário, muitas pessoas
desconheciam”, disse o chefe do DAE, Cleber Raposo.
Postado no Portal Regional
Jornalista quer prevenção para possível falta de água em Panorama >>>